Páginas

sexta-feira, 18 de abril de 2014

PROJEÇÕES



“Todos nós podemos cair na armadilha de projetar ‘filmes’ de nossa própria autoria sobre as situações e as pessoas à nossa volta. Isso acontece quando não estamos plenamente confiantes de nossas expectativas, desejos e julgamentos e de reconhecê-los como nossos, tentando atribuí-los aos outros. Uma projeção pode ser diabólica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeção – uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela é. O único modo de escapar disso é entender como funciona o jogo. Quando você der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa vire-se do avesso: aquilo que você está vendo no outro, na verdade, não pertence a você? A sua visão está límpida ou obstruída pelo que você quer ver?”

Que bela descrição da nossa própria cegueira a respeito de nós mesmos, não é verdade? Quantas vezes olhamos para quem está perto de nós e não percebemos que este alguém funciona como nosso espelho, refletindo exatamente aquilo que menos gostamos em nós.


No livro o autor diz que nossa mente é um projetor e o outro, a tela onde o nosso filme é projetado. Isso explica muito bem aqueles relacionamentos onde no início é tudo ouro sobre azul e, com o passar do tempo, o ódio, a raiva, a vingança e o desamor começam a surgir na relação transformando príncipes e princesas em sapos e rãs repugnantes.

Um estudo recente parece mostrar que a paixão dura em média um ano e meio. Segundo o estudo, é nessa fase que o objeto do amor é perfeito, lindo, tudo o que um diz ou faz é maravilhoso. Depois dessa fase o castelo começa a desmoronar e, então, começamos a nos ver no outro (e vice-versa) sem o véu da ilusão, do encantamento, da anestesia. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário