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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O caminhar

Estamos percorrendo um caminho sem saber  onde vamos parar, e o porque de estar nessa estrada.
A vida é um longo percurso que devemos seguir, colhendo experiências boas, e nos ferindo com os espinhos e pedras que fazemos questão de ignorar, e como uma estrada, nada na vida é constante, tudo passa, tudo muda, tudo acaba, o amor que foi julgado eterno, hoje já não tem a mesma intensidade, os sonhos mudaram, o comportamento mudou, nós não seremos para sempre a mesma pessoa, embora podemos trazer agora aquela essência que carregamos ontem, o brilho nos olhos, os pequenos gestos que nos identificam, mas, sem dúvida, os medos, os desejos, a visão do mundo não é a mesma,
criamos novos pontos de vista conforme vamos conhecendo pessoas, e ser uma constante (constante no fato de aceitar as mudanças como parte de desenvolvimento, e não no fato de não ter idéia própria e seguir tendências)é importante para o nosso desenvolvimento, afinal ninguém merece parar no tempo, se até a natureza muda é porque devemos nos permitir mudar também, precisamos ser firmes para enfrentar nossos invernos de alma, não podemos nos permitir crises em momentos pequenos, pois todas as nossas ações serão levadas na bagagem da consciência.
Permita-se se diluir com a vida, tornando-se uno com o universo, deixe que as mudanças ocorram, nenhuma dor é eterna, e toda felicidade é passageira, por mais dificil que seja dizer adeus, ou até breve, ainda assim sabemos o quão necessário é se permitir mudar.
Tem um trecho de um soneto de Shakespeare que eu acho divino, não sei se já citei ele em outro post, mas acho ele de imensa importância para o entendimento desse. 


Soneto XVII

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Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
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Shakespeare

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