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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Resgatando

Você se lembra de quando era criança? Quais eram seus sonhos? Seus medos? Seus doces preferidos? Lembra-se das brincadeiras? Irmãos, primos e amigos tudo junto numa grande festa, brincar de ter um bebê e amar aquela boneca realmente como um bebê, e as naves espaciais? Os galhos secos que se transformavam em espadas, comida de avó, história de avô, época boa aonde ninguém morria e quando ficávamos doentes era apenas para termos carinho extra de mãe e pai.

Os desenhos nos faziam viajar, alguns me fazem viajar até hoje, e é bom, é gostoso de vez em quando comer suspiros vendo um desenho numa tarde qualquer, resgatar o que mais amamos, e que perdemos quando viramos “adultos”, pois é um saco ser adulto, temos tantas obrigações que não há espaço para sonhar com príncipe encantado e nem com naves espaciais e invasão alienígena.
Acho que fomos mais dignos quando éramos crianças, porque vivíamos o momento presente, amávamos incondicionalmente, e quando estávamos furiosos ou magoados chorávamos sem vergonha disso, a infância de hoje é tão diferente da nossa, menos contato com a terra e mais espaço para a tecnologia, até os desenhos mudaram, mas sabe, é preciso resgatar as coisas boas, vocês se lembram do tanto de lição de moral que tinham nas histórias que nossos pais nos contavam? E nos desenhos? Relendo o pequeno príncipe me senti repleta, história de criança com lições para adultos, vale a pena ler novamente, e me surpreendi também com Pocahontas e por isso vou deixar a letra de uma música e o vídeo, para que possamos nos manter aquecidos por dentro, e também para nos lembrar de que todos nós estamos interligados nessa teia da vida.

Cores do Vento
Se acha que eu sou selvagem
Você viajou bastante
Talvez tenha razão
Mas não consigo ver
Mais salvagem quem vai ser?
Precisa escutar com o coração
Coração
Se pensa que esta terra lhe pertence
Você tem muito ainda o que aprender
Pois cada planta, pedra ou criatura
Está viva e tem alma, é um ser
Se vê que só gente é seu semelhante
E que os outros não têm o seu valor
Mas se seguir pegadas de um estranho
Mil surpresas vai achar ao seu redor
Já ouviu um lobo uivando pra a lua azul?
Será que já viu um lince sorrir?
É capaz de ouvir as vozes da montanha?
E com as cores do vento colorir
E com as cores do vento colorir
Correndo pelas trilhas da floresta
Provando das frutinhas o sabor
Rolando em meio a tanta riqueza
Nunca vai calcular o seu valor
A lua, o sol e o rio são meus parentes
A garça e a lontra são iguais a mim
Nós somos tão ligados uns aos outros
Neste arco, neste círculo sem fim
A árvore aonde irá?
Se você a cortar nunca saberá
Não vai mais o lobo uivar para a lua azul
Já não importa mais a nossa cor
Vamos cantar com as belas vozes da montanha
E com as cores do vento colorir
Você só vai conseguir
Dessa terra usufruir
Se com as cores do vento colorir


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